domingo, 10 de março de 2013

As Histórias da Paula Rego


Hoje fomos com a M., a M., a J. e o G., todos à volta dos 13 anos, à Casa das Histórias da Paula Rego. A visita incluiu estarmos sentados em tapetes no meio de salas, rodeados de quadros, refletirmos qual a melhor combinação de cores para servir de fundo para o Anjo ou seguirmos os conselhos da Alice e vermos as coisas absurdas que nos apetecesse ver, espreitando por um espelho por cima do ombro para um conjunto de linóleos da Maria João Worm.

O G. (outro que não o nosso, note-se), que nunca quer fazer nada, gostou "mesmo muito", segundo o próprio, e a M. vinha maravilhada com os quadros da Maria João Worm que acendiam com o nosso movimento, principalmente o das nuvens!

Estamos a falar de miúdos que nunca tinham olhado atentamente para um quadro, e alguns nunca tinham entrado num museu de arte, mas a Mariana, guia da Casa das Histórias, foi maravilhosa e conseguiu facilmente retirá-los da sua timidez e pô-los a olhar, a sentir e a falar.


Temos tanta coisa maravilhosa acessível, em distância e no preço, porque é que a única coisa que eles conheciam em Cascais era o CascaiShopping? Porque é que a cultura é tão desvalorizada?

E não me venham dizer que os museus são uma seca... nalguns poderá ser necessária alguma orientação para percebermos o que estamos a ver, mas de certeza que saímos sempre diferentes, quanto mais não seja por termos saído da nossa zona de conforto.

No caso da Casa das Histórias foi muito importante que a visita fosse feita de forma interativa, com jogos.

E, apesar de a visita ser dirigida a adolescentes, até eu, que achava os quadros da Paula Rego demasiado sombrios, aprendi a olhar para eles de outra forma e a dar-lhes outro valor. Obrigada Mariana e Casa das Histórias pela maneira fantástica como nos cativaram.


Nota: Não recebemos obviamente nada para escrever este post. Simplesmente gostei muito da experiência desta manhã.

Fotos tiradas em agosto de 2012 à obra Céus Sombrios, do Pedro Calapez.

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